Está ai uma notícia que não gostaria de postar. Ao receber o
boletim semanal de balneabilidade das praias da Costa dos Coqueiros, nesta
quarta-feira (3), constatei que a praia do Portinho, na Praia do Forte, está
imprópria pelo terceiro final de semana seguido. E mais. Quatro pontos do Rio
Imbassaí também continuam não recomendados para banho neste final de semana de
feriado prolongado.
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Foram analisados, pelo Instituto do Maio Ambiente e
Recursos Hídricos (Inema) do Estado da Bahia, 28 pontos em quatro municípios.
Além destes cincos locais do litoral de Mata de São João, apenas a praia de Buraquinho,
em Lauro de Freitas, está imprópria.
As análises de
balneabilidade (uso para banho e esportes náuticos) indicam contaminação por
materiais orgânicos. Sobre o Rio Imbassaí, ambientalistas locais apontam fortes
indícios de que as contaminações são provocadas por falta de esgotamento
sanitário em imóveis às margem do rio e pela ineficiência nas elevatórias de
esgoto de alguns empreendimentos, a exemplo do conjunto habitacional Minha Casa
Minha vida e do Hotel Grand Palladium.
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Um Termo de Ajuste e
Conduta (TAC) entre o Ministério Público Estadual, a Prefeitura de Mata de São
João e a Embasa determina a resolução dos problemas até agosto. Prazo que a
Embasa tem para solucionar as falhas nas elevatórias e implantar esgotamento às
margens do rio.
Galerias fluviais
A contaminação da praia do
Portinho, da Praia do Forte, vem de uma boca de lobo, que escoa as água das
ruas para a praia. Supostamente, a vala é para escoar as águas da chuva.
É estranho porque na
maioria dos 28 pontos analisados também há escoamento das águas fluviais para o
mar, porém, só na Praia do Forte, uma vila pequena, de cerca de 3 mil moradores,
o procedimento tem acusado contaminação com frequência.
Lugares com áreas urbanas
e populações muito maiores, a exemplo de Ipitanga, Villas do Atlântico,
Arembepe, Guarajuba e Subaúma, têm apresentado praias com melhores qualidades
ambientais.
Possíveis causas
Há necessidade de que os
órgãos competentes investiguem com urgência o que está acontecendo com a água
jogada na praia. A limpeza das ruas e das galerias é feita frequentemente e de
maneira correta pela Prefeitura? Há influência de esgoto e a Embasa não está
tomando as devidas providências? Há esgotos clandestinos?
Será que a estrutura de
esgotamento sanitário da Praia do Forte é suficiente para atender a quantidade
de empreendimentos imobiliários que são erguidos com tanta velocidade? A
prefeitura também está atenta a isso?
São respostas que a prefeitura, a Embasa e os órgãos ambientais responsáveis têm de buscar para encontrar as soluções. O mal tem que ser cortado pela raiz, enquanto os problemas são aparentemente pequenos e há possibilidade de controle e combate. Estamos atentos.
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